O mezzo soprano francesa Eva Zaïcik, uma das revelações da cena lírica internacional, foi uma das vencedoras em 2018 do Concurso Rainha Elisabeth da Bélgica, em edição dedicada à voz.
Em sua primeira visita ao Brasil a cantora parisiense de 32 anos realiza, a partir de 17 de outubro, turnê com apresentações em quatro cidades brasileiras. Em três delas – Florianópolis, São Paulo, Curitiba – são recitais, Eva Zaïcik acompanhada pelo pianista Marco Bernardo. Um dos destaques do programa, denominado Femmes amoureuses (‘mulheres apaixonadas’), é “Les Nuits d’été”, ciclo de canções de Berlioz.
Os números de encerramento dos recitais são dois dos mais conhecidos momentos do primeiro ato da ópera Carmen, de Bizet, a “Habanera” e a “Seguidilha”. A “Habanera”, aliás, foi uma das peças escolhidas por Eva Zaïck para sua apresentação na etapa final do Concurso Rainha Elisabeth da Bélgica. A última das apresentações da turnê será no Teatro Amazonas, em Manaus. Eva Zaïck vai cantar, com a Amazonas Filarmônica regida por Marcelo de Jesus, a versão para voz e orquestra de “Les Nuits d’été”, de Berlioz.
A Mezzo soprano francesa Eva Zaïcik
Após vencer, em 2018, o Concurso Rainha Elisabeth da Bélgica, a mezzo soprano francesa Eva Zaïcik inicia esta semana uma turnê brasileira. O primeiro concerto acontece amanhã, dia 17, em Florianópolis. Em seguida, ela se apresenta em São Paulo, no dia 22, e em Curitiba, no dia 24, ao lado do pianista Marco Bernardo. E, no dia 31, ela será a solista de concerto da Orquestra Amazonas Filarmônica, no Teatro Amazonas, em Manaus, sob regência do maestro Marcelo de Jesus.
Zaïcik estudou no Conservatório de Paris e demonstrou, desde muito cedo, predileção pelo repertório barroco. Participou do Jardin des Voix do Les Arts Florissants e gravou um disco dedicado ao período, além de ter criado um grupo, o Ensemble Lunaris, composto por voz e viola da gamba. Nos últimos anos, seu repertório tem se ampliado, indo do Orfeo de Monteverdi a óperas do verismo. Em todas as apresentações, o destaque é o ciclo Les nuite d’étè, de Berlioz. “Ele é um enorme desafio. As canções foram escritas para diferentes cantores e tipos de voz, então preveem uma tessitura ampla. Há nas peças uma variedade de coloridos absolutamente impressionante. A voz é tratada de forma simples, com uma economia de meios e uma intimidade quase barroca. É lírica e extremamente romântica”, disse a mezzo soprano em entrevista à Revista CONCERTO de outubro.